quinta-feira, 3 de março de 2011

PRECONCEITO RACIAL

CASO: No Elevador
A estudante Flávia, negra, 19 anos, segurou a porta do elevador social de um edifício luxuoso enquanto se despedia de uma amiga. Em outro andar alguém começou a esmurrar a porta do elevador. Flávia decidiu então soltar a porta e, depois de conversar mais alguns instantes, chamou o outro elevador, o de serviço. Ao entrar nesse elevador, encontrou a empresária Tereza, loira, olhos verdes, 40 anos, acompanhada do filho, Rodrigo, mesmo perfil, 18 anos. Ao ver Flávia entrando, Tereza de imediato perguntou quem estava segurando o elevador. Flávia disse que não estava prendendo o elevador e que ela apenas tinha demorado um pouquinho a entrar. A empresária não gostou da resposta e começou a gritar “Você tem que aprender que quem manda no prédio são os moradores, preto e pobre aqui não tem vez”. Flávia ficou assustada, mas reagiu: “A senhora me respeite”. Mas a Tereza continuava “Cale a boca, você não passa de uma empregadinha”. Ao chegar no saguão, Rodrigo também entrou na briga berrando: “Se você falar mais alguma coisa, meto a mão na sua cara”. Ainda mais assustada, Flávia perguntou se eles a conheciam e exigiu que lhe respeitassem, mas o rapaz avançou na direção dela ameaçador: “Cala a boca! Se você continuar falando meto a mão no meio das suas pernas”. Finalmente, na confusão, quando Flávia tentava fugir da situação, Tereza segurou no seu braço e Rodrigo lhe desferiu um soco no rosto. Flávia saiu do prédio chorando e foi procurar socorro com o seu pai, o governador do estado. Imediatamente o governador deu parte à polícia e Tereza e Rodrigo foram processados por racismo.

(baseado em fatos reais, ocorridos em Vitória/ES, conforme matéria da Veja, 07.07.1993).

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