quarta-feira, 2 de junho de 2010

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia.
Equipe: Carlos Alberto Sobrinho
Gabriel de Paula Oliveira
Rafhael Borges do Santos
Rodolfo do Nascimento Cardoso
Gênero: Relatório



Iniciamos o trabalho de desenvolvimento do Projeto de cultura local dos afrodescendentes com uma discussão em sala de aula sobre o conhecimento que nós temos sobre o assunto: suas práticas religiosas, culinárias etc.
No livro “A Abolição”, lemos que a escravidão (e até mesmo, consequentemente, o racismo) no Brasil, por muito tempo, foi justificada pela própria Igreja, apoiada pelo Estado e necessária ao sistema econômico da época, fazendo assim com que ela durasse; e que com a abolição, os negros continuaram “escravos”, pois seus ideais ainda eram de um.
Como parte das ações, entrevistamos o Sr. Joel, um professor que mora na cidade de Uruaçu. Ele, assim como muitos, é um afrodescendente. Conversamos bastante e ele nos contou toda sua história.
Uma das questões levantadas foi sobre racismo, pois queriamos saber se ele já tinha sofrido preconceito algum dia, e ele nos contou que praticamente nunca. Em seu local de trabalho, em toda sua história não ocorreu isso, exceto com sua família. Segundo Joel, quando pequeno e ao longo do seu crescimento, ele era rebaixado por sua família. Seus irmãos tinham benefícios, eram mais amados pelos seus pais. Joel conta que ele é o filho que mais puxou a linhagem negra, e por isso era rejeitado pela família.
Ele conta que apesar dessa grande tristeza que teve com sua família, não se deixou entregar, e seguiu de cabeça erguida, com o apoio de vários amigos que tinha. Trabalhava na casa de um antigo amigo e tinha bastante amizade com os filhos do patrão. Após terminar o segundo grau, com dedicação esforço, e apoio de seus amigos, ele seguiu para a faculdade onde se formou em advocacia. Após essa grande conquista começou a seguir sua carreira como advogado, e prosseguiu os estudos. Fez pós graduação e mestrado.
Joel se casou com a filha de seu ex-patrão e hoje tem uma bela família, ao lado de sua esposa e agora com três filhas. Conta que hoje é respeitado e admirado por toda sua família. E ainda ressalta: “.. de nove filhos, apenas eu tive o dignidade de me formar..” .
Ressalta, confiante, que por mais dificuldades que uma pessoa encontre, ela tem que acreditar em si mesma. Os negros não recebem muitas oportunidades mas reconhece também que, primeiramente, as pessoas em geral devem acreditar em si próprias, pois elas acham que são inferiores, têm ideias negativas de si mesmas, e o foco principal é acreditar primeiramente nelas mesmas, para assim conseguir vencer, e passar por todas as barreiras.

Concluímos com tudo isso que os negros necessitam ainda de um melhor tratamento, mas como o senhor Joel disse, elas devem primeiramente acreditar em si próprias para assim, seguir em frente, sem nenhum problema, e qualquer dificuldade que surgir, elas mostrarem que são capazes de derrubá-la assim como qualquer outra pessoa, seja ela de qualquer etnia.

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